Em entrevista ao Wall Street Journal, o executivo admitiu que não é possível comparar o tempo de uma startup com o de uma grande empresa e que o objetivo é manter o foco
Sundar Pichai, CEO do Google, falou, em entrevista ao Wall Street Journal, no sábado (8) sobre a acirrada disputa com a OpenAI, dona do ChatGPT no ecossistema de inteligência artificial. Pichai admitiu ser natural que uma “startup” como a OpenAI tenha um tempo diferente em relação a uma Big Tech como o Google.
“É normal que isso ocorra, a janela de oportunidade e o tempo de uma startup são muito diferentes em relação a uma empresa como o Google. Da nossa parte, o que eu posso dizer é que a premissa segue sendo manter o foco entendendo a melhor forma de usarmos a tecnologia e incorporá-la em nossos produtos e serviços.”
No início de fevereiro, o Google lançou o Bard, um sistema conversacional que foi caracterizado como uma resposta da empresa ao movimento da OpenAI. “Não necessariamente o futuro da IA, no caso do Google, passa pelo Bard, mas uma mistura de várias funcionalidades.” Ao ser questionado sobre a empresa não ser a primeira em relação às ferramentas conversacionais, Pichai rebateu: “existem vários segmentos em que não fomos primeiros, nem no mecanismo de busca e nem no primeiro navegador, em alguns momentos, não importa ser o primeiro.”
Bard, a aposta do Google em IA
Em fevereiro, o Google entrou na corrida generativa da IA anunciando o Bard, um rival do popular bot ChatGPT. O Bard usa inteligência artificial para gerar respostas em texto quando as pessoas fizerem perguntas. O Google disse que ele pode ajudar as pessoas a realizar tarefas como planejar um chá de bebê, comparar dois filmes indicados ao Oscar ou explicar as descobertas da Nasa para uma criança de 9 anos.
“O Bard busca combinar a amplitude do conhecimento mundial com o poder, a inteligência e a criatividade de nossos grandes modelos de linguagem”, escreveu Pichai. “Ele se baseia em informações da web para fornecer respostas novas e de alta qualidade.”
O Google também disse que incluirá mais IA em seu icônico mecanismo de busca. A empresa usará a tecnologia para “destilar informações complexas e múltiplas perspectivas em formatos fáceis de digerir”. Por exemplo, a IA poderia evocar uma resposta para saber se é mais fácil aprender a tocar violão ou piano. O lançamento acontece quando os produtos de IA encontraram um novo sucesso mainstream, depois que a OpenAI, com sede em São Francisco, lançou o popular ChatGPT em novembro.
O Google estava trabalhando em tecnologia semelhante usando um modelo de IA chamado LaMDA, que a gigante das buscas anunciou originalmente em 2021, mas não havia lançado nenhum produto até agora.
Fonte:
https://forbes.com.br/forbes-tech/2023/04/sundar-pichai-ceo-do-google-minimiza-disputa-com-o-chatgpt/