Usando uma página de pagamento falsa do Booking.com, cibercriminosos têm obtido sucesso na coleta e roubo de informações de cartão de crédito
Pesquisadores de segurança descobriram uma campanha de roubo de informações realizado em várias etapas, na qual hackers violam os sistemas de hotéis, sites de reservas e agências de viagens e, em seguida, usam seu acesso para ir atrás de dados financeiros pertencentes aos clientes.
Usando essa abordagem indireta e uma página de pagamento falsa do Booking.com — site internacional para reserva de acomodações para férias ou viagens — os cibercriminosos encontraram uma combinação que garante uma taxa de sucesso significativamente melhor na coleta de informações de cartão de crédito.
Os pesquisadores observaram campanhas de roubo de informações que visavam a indústria da hospitalidade (por exemplo, hotéis, agências de viagens) usando “técnicas avançadas de engenharia social” para fornecer malware de roubo de informações. O ataque começa com uma simples consulta para fazer uma reserva, ou se refere a uma existente, dizem pesquisadores da Perception Point em um relatório publicado no início deste mês.
Depois de estabelecer a comunicação com o hotel, os criminosos invocam um motivo, como uma condição médica ou um pedido especial para um dos viajantes, para enviar documentos importantes por meio de um URL (endereço de rede). O URL leva a um malware de roubo de informações que “é projetado para operar furtivamente” e coleta dados confidenciais, como credenciais ou informações financeiras.
Em um novo relatório divulgado a semana passada, pesquisadores da empresa de internet Akamai disseram que o ataque vai além da etapa descrita acima e se move para atingir os clientes da entidade comprometida. “Depois que o infostealer é executado no alvo original [o hotel], o invasor pode acessar mensagens de clientes legítimos”, explica Shiran Guez, gerente sênior de segurança da informação da Akamai
Tendo um canal de comunicação direto e confiável com a vítima final, os cibercriminosos podem enviar sua mensagem de phishing disfarçada de uma solicitação legítima do hotel, serviço de reservas ou agência de viagens agora comprometido. A mensagem pede uma verificação adicional do cartão de crédito e se baseia nos ingredientes comuns de um texto de phishing: requer ação imediata e usa uma lógica sólida para explicá-lo.
Como a comunicação vem do site de reservas por meio do canal oficial, o alvo não tem motivos para duvidar de sua legitimidade. Guez diz que a vítima recebe um link para a suposta verificação do cartão para manter a reserva. O link aciona na máquina vítima um executável codificado em um script JavaScript base64 complexo.
A pesquisadora ressalta que o objetivo do script é detectar informações sobre o ambiente de navegação e é projetado para dificultar significativamente a análise.O invasor também incluiu várias técnicas de validação de segurança e antianálise para garantir que apenas vítimas em potencial cheguem ao próximo estágio do golpe, que mostra uma página de pagamento falsa do Booking.com.
Fonte:
https://www.cisoadvisor.com.br/hackers-usam-paginas-falsas-do-booking-com-para-roubar-cartoes/