Doze grandes fornecedores abocanharam quase metade dos US$ 19 bilhões de investimentos feitos pelas empresas em tecnologias segurança cibernética
Os gastos globais das empresas com segurança cibernética somaram US$ 19 bilhões no segundo trimestre deste ano, o que praticamente acompanhou o aumento dos níveis de ameaças no período, de acordo como um novo estudo da empresa de cibersegurança Canalys. A cifra representa uma alta de 11,6% no trimestre, embora ligeiramente menor que no período imediatamente anterior e que o segundo trimestre de 2022. Observadores do mercado avaliam resultado, no entanto, como bom, considerando as incertezas macroeconômicas e a redução dos orçamentos de TI.
Doze grandes fornecedores abocanharam quase metade desses investimentos. Liderando a lista está a Palo Alto Networks, que registrou um crescimento de 25,4% nas vendas, impulsionado principalmente por uma alta demanda por SASE (Secure Access Service Edge), SecOps (Security Operations) e segurança em nuvem. Em seguida, aparece a Fortinet, que capitalizou seu maior crescimento em segurança de rede, embora o crescimento de 19% no segundo trimestre tenha marcado uma desaceleração em relação ao crescimento de 26,2% no primeiro trimestre. Na terceira posição, a Cisco registrou uma ligeira queda nas vendas, caindo de 6,7% para 6,1%, já que seus negócios estão sendo reformulados sob nova liderança. O top sete foi completado com CrowdStrike, Check Point, Okta e Microsoft.
Fonte: Canalys
Matthew Ball, analista-chefe da Canalys, afirmou que “as ameaças estão em níveis sem precedentes, com o número de ataques de ransomware relatados publicamente aumentando em mais de 50% e os registros de dados violados mais do que dobrando nos primeiros oito meses deste ano. No ritmo atual, 2023 será o pior ano já registrado, superando em muito os níveis de 2021.”
Ball acrescentou que “descobrir vulnerabilidades e estabelecer inventários de ativos, bem como categorizá-los com base no nível de risco, é fundamental para priorizar o investimento em proteção. Essa também é uma base importante para os parceiros criarem planos de correção para os clientes quando os ataques ocorrem”.
Segundo a Canalys, as oportunidades de negócios com serviços de cibersegurança para os parceiros será maior do que a venda de tecnologia de segurança cibernética neste ano, com previsão de que os gastos cresçam 13,2%, para US$ 143,2 bilhões. Os serviços gerenciados de segurança e os serviços de integração serão as áreas de crescimento mais rápido.
Ainda de acordo com o relatório da empresa, a grande maioria dos gastos com tecnologia de cibersegurança foi realizada pelo canal, representando 91,5% no segundo trimestre, o que marcou um aumento em relação aos 90,5% no mesmo período do ano anterior. Segundo a Canalys, com o risco crescente das ameaças cibernéticas, os clientes mostraram uma necessidade crescente de parceiros de canal que possam ajudar na construção de resiliência cibernética.
Em uma base regional, a América do Norte manteve um patamar resiliente, com um aumento nos investimentos em 12,6%. Os gastos nas regiões da Europa, Oriente Médio e África. (EMEA) e na América Latina também tiveram um crescimento de 11,1% e 13,4%, respectivamente. No entanto, a taxa de crescimento pareceu desacelerar um pouco na região Ásia-Pacífico, onde as organizações reduziram seus gastos, resultando em uma taxa de crescimento de apenas 8,8%.
Para ter acesso ao relatório original da Canalys, em inglês, clique aqui.
Fonte:
https://www.cisoadvisor.com.br/gastos-globais-com-ciberseguranca-sobem-116-no-2o-trimestre/