Não clicar em link enviados por e-mails, SMS e app de mensagem; pagar com cartão virtual e desconfiar de promoções de preços que sejam muito menores que o valor real do produto estão entre as principais dicas
Com a proximidade do Natal e o recebimento da segunda parcela do 13º salário, milhões de brasileiros saem às compras no varejo de rua, shoppings e e-commerce para adquirem seus presentes de final de ano. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) alerta que os consumidores devem redobrar a atenção nas compras e intensificar os cuidados com o fornecimento de informações pessoais.
Nesta época do ano, os clientes são bombardeados com ofertas por todos os lados e quadrilhas aproveitam o momento de euforia com o Natal para aplicar golpes que causam grande prejuízo, especialmente usando “engenharia social”, que consiste na manipulação do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais para o roubo de dados pessoais.
São comuns abordagens de criminosos com páginas falsas que simulam e-commerce; promoções inexistentes enviadas por e-mails, SMS, mensagens de WhatsAp, e a criação de perfis falsos de lojas em redes sociais. Em casos de produtos ofertados com o preço muito abaixo do comércio em geral ou o vendedor pressionando ostensivamente para fechar rápido uma compra por conta da indisponibilidade, a chance de ser um golpe é grande, alerta a Febraban.
Outro cuidado deve ser com a aglomeração de pessoas no comércio de rua e em lojas físicas. A distração na hora de pagar compras em comércios de rua criam o ambiente ideal para que golpistas descubram a senha e troquem o cartão.
“Pare, pense e desconfie. Fique em alerta com abordagens em que alguém diga que há uma grande oportunidade de compra, de promoções mirabolantes de produtos e nunca clique em links recebidos em mensagens. Sempre faça as compras em sites conhecidos e pesquise comentários de outros consumidores em sites de reclamações”, alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.
A Febraban e seus bancos investem constantemente e de maneira massiva em campanhas e ações de conscientização em seus canais de comunicação com os clientes para orientar a população a se prevenir de fraudes.
Além da realização de campanhas educativas, os bancos investem cerca de R$ 3,5 bilhões por ano em sistemas de tecnologia da informação (TI) voltados para segurança – valor que corresponde a cerca de 10% dos gastos totais do setor com TI – para garantir a tranquilidade de seus clientes em suas transações financeiras cotidianas.
Dicas de segurança o mundo virtual
Digitar o endereço da loja no navegador de internet, evitando clicar em links; desconfiar de abordagens em que alguém diga que há uma grande oportunidade de compra, pedindo que o pagamento seja feito naquele momento para que o cliente não perca o produto; desconfiar das promoções cujos preços sejam muito menores que o valor real do produto. Pesquisar a média de preços em vários sites conhecidos.
Outras medidas úteis são usar o cartão virtual para realizar compras na internet e sempre fazer o pagamento dentro do ambiente da loja virtual, especialmente em caso de Pix. Quando o varejista fornecer o código QR Code, confira com atenção todos os dados do pagamento e se a loja escolhida é realmente quem irá receber o dinheiro. Só após essa checagem detalhada, faça a transferência.
Ademais, caso seja pagamento via boleto, é importante conferir quem é a empresa beneficiária que aparece no momento do pagamento do boleto, no aplicativo ou site do banco. Se o nome for diferente da marca ou empresa onde a compra foi feita, a transação não deve ser concluída.
Outro alerta é para compras feitas através das redes sociais. Golpistas criam perfis falsos de lojas e patrocinam posts nas redes sociais para enganar o consumidor. Sempre verificar se a página tem selo de autenticação, número de seguidores compatíveis e desconfiar de páginas recém-criadas.
Além disso, é necessário ter cuidado com o que compartilha nas redes sociais. Um simples post pode dar muitas informações sobre o comprador para os golpistas. O que é compartilhado pode ajudar bandidos a conhecer perfil e comportamento.
Em lojas físicas, shoppings e comércios de rua
O ideal é que quem passe o cartão na maquininha seja o próprio titular, evitando entregá-lo para outra pessoa. Sempre conferir o valor da compra na maquininha antes de digitar a senha e proteger o código de segurança.
Por fim, ao terminar de realizar uma compra na maquininha, verificar o nome no cartão para ter certeza de que realmente é do titular. Golpistas podem aproveitar de distrações para trocar o cartão.
Fonte:
https://www.securityreport.com.br/alertas-sobre-como-evitar-golpe-virtual-e-o-da-troca-do-cartao-nas-compras-de-natal/
