O governo da Colômbia está parado depois de um ataque hacker de grandes proporções à operadora IFX Networks, presente em 16 países da região. Estão fora do ar o Poder Judiciário, o Ministério da Saúde, a Superintendência da Indústria e Comércio, entre outros.
Rumores dão conta que pelo menos 760 empresas latino-americanas foram afetadas. Hackers, ainda de acordo com rumores, teriam cobrado resgate à IFX Networks. Notícias na imprensa colombiana dão conta que mais de dois milhões de processos judiciais estão inacessíveis. Todos os serviços já foram suspensos até o dia 20 de setembro.
O ataque teria começado no dia 12. “A PMU Ciber está analisando as demais entidades públicas que poderiam ter sido afetadas para saber o real impacto na Colômbia. É importante esclarecer que o incidente ocorreu contra a prestadora de serviços IFX Networks, não contra entidades estatais”, informou nesta quinta-feira (14) a assessoria da área de transformação digital do governo.
Em um comunicado de imprensa, a IFX Networks tentou minimizar o ataque informando que apenas “algumas máquinas virtuais” ficaram na mira dos hackers. Também revelou “que não houve vulnerabilidades na informação, privacidade e segurança dos dados armazenados na nuvem”. Mas até o Mercado Publico, do Chile, sofreu as consequências e teve sua atividade suspensa.
“O tamanho e a extensão desse ataque mostram como a América Latina ainda não está preparada para ataques cibernéticos sofisticados. Mesmo que a empresa provedora dos serviços de telecomunicações tenha proteção, empresas e órgãos públicos colombianos deveriam, também, garantir que os dados sensíveis estavam protegidos”, explica Alvaro de Almeida, diretor Comercial da Evolutia, empresa de cibersegurança que atua na América do Sul.
Relatório da IBM divulgado no começo deste ano aponta que o sequestro de dados, ou ransomware, é o maior vetor de ataques da América Latina, representando 32% dos casos. Embora números apontem uma queda no número de ataques desse tipo, o ransomware segue sendo uma ameaça potencial para o países latino-americanos.
Outro relatório, divulgado pelo Fortiguard Labs, aponta que o Brasil registrou um total de 23 milhões de tentativas de ataques cibernéticos no primeiro semestre. Na sequência estão o México, com 14 bilhões, Venezuela, com 10 bilhões, e Colômbia, com 5 bilhões de ataques. Ao todo, a América Latina registrou mais de 63 bilhões de tentativas de atques cibernéticos no período.
Fonte:
https://www.convergenciadigital.com.br/Seguranca/Operadora-de-telecom-sofre-mega-ataque-hacker-e-governo-da-Colombia-e-obrigado-a-parar-atividades-64244.html